Arquiteto e fotógrafo norteriograndense faz exposição sobre a Tailândia em Natal
Depois de passar uma temporada na Tailândia, que fica localizada no continente asiático, o fotógrafo e arquiteto potiguar Rodrigo Gurgel resolveu unir traços arquitetônicos, história, gastronomia, cultura exótica, beleza singular e a religião da região em uma exposição fotográfica, intitulada ‘Experiência Tailândia’. Paralelo à exposição, está sendo vendido um livro de sua autoria e com 50% da renda destinada a uma instituição de caridade. A exposição, já iniciou e segue até o dia 23 de agosto na Between Food Gallery, na Zona Leste de Natal. A entrada é gratuita. Confira a entrevista com Rodrigo Gurgel.
Qual o fator que o fez escolher a Tailândia como destino?
A Tailândia sempre fez parte da minha lista de desejos para fotografar e vivenciar essa cultura tão distinta da cultura ocidental.
A viagem serviu de inspiração para seu trabalho como arquiteto?
Com certeza! O detalhe como é feito a arquitetura certamente será inspiradora para o meu trabalho como arquiteto.
Como surgiu o interesse pela fotografia?
A fotografia sempre foi um hobby, porém num determinado tempo, um fotografo chegou para mim e falou que a qualidade da minha fotografia era de nivel profissional; a partir daí me dei conta que uma brincadeira passara a ser uma segunda profissão.
Qual o comparativo que você pode fazer entre as obras arquitetônicas do Brasil e da Tailândia?
A maior notoriedade arquitetônica na Tailândia são os templos budistas, assim as comparações imediatas são com as igrejas católicas que temos pelo Brasil. Os templos são sempre grandiosos, com imagens de Buda sempre com tamanhos grandiosos, mostrando o respeito que se tem com o lado espiritual. O que mais chamou a atenção, entretanto, são os trabalhos de mosaicos que prevalecem em praticamente todas os templos, e os trabalhos de esculturas também presentes.
O que mais te impressionou lá?
A espiritualidade do povo Tailandês. Ver como eles tem a religião sendo mais importante que dinheiro, bens materiais, posição social realmente é algo que impressiona para quem vive num mundo capitalista.
Na oportunidade você estará lançando um livro. O que poderá ser encontrado neste livro?
Trata-se de um livro fotográfico que contempla além das fotografias que estão na exposição, ainda tem mais algumas fotos. Algo interessante no livro é que ele é bilingue, está em português e tailandês. A compreensão certamente será dificil; porém acredito que a lingua e a escrita são, talvez, o ponto cultural mais importante de uma civilização.
Em seu ponto de vista, que tipo de contribuição uma viagem pode trazer para o trabalho de um arquiteto?
Acredito que tudo que é bom deve servir de inspiração para as pessoas, em todas as profissões; por isso tenho uma incessante busca por novas culturas, e novos conhecimentos. Acredito também que um arquiteto ao ser contratado, o cliente compra também toda a sua bagagem cultural e intelectual. Dessa forma, busca incessantemente essas informações para poder me completar como arquiteto.
Para esta exposição, você contou com algum apoio e/ou patrocínio?
A exposição foi toda patrocinada por empresas locais que acreditaram na ideia do projeto Experiência Tailândia. Várias empresas do ramo da arquitetura e decoração, bem como empresa de turismo investiram na ideia. Assim, com esse patrocínio, foi possível criar o livro, este que é o principal elemento pelo qual será feito a doação para a Casa de Apoio a Criança com Câncer Durval Paiva.
A renda dos livros será para uma instituição filantrópica. Como se deu a escolha?
Durante os 30 dias da exposição; esta que acontece no Restaurante Between Food & Gallery, em frente ao colégio Atheneu; os livros serão vendidos apenas no local da exposição ao custo de R$80,00, assim 50% de tudo que for vendido nesse período será destinado para a Casa Durval Paiva. Depois o projeto segue para João Pessoa e terá novamente uma outra instituição local beneficiada.
A escolha de uma instituição filantrópica foi baseada no budismo, onde acredita-se que o bem coletivo é muito mais importante que o bem individual. Mas a Durval Paiva foi escolhida por ter sido a instituição que sempre me identifiquei com o trabalho e com sua importância, além de estar locado no bairro em que nasci.
Qual será o seu próximo destino?
O próximo destino ainda é uma incógnita. Mas estou focando em algo na África ou Oriente Médio; ou quem sabe um destino na América do Sul.