Setembro Verde – mês da luta pela inclusão social da pessoa com deficiência
– 12/09/2023 –
Cada mês do ano é dedicado a uma campanha de conscientização diferente. Setembro é o mês, dentre outras campanhas, destinado à inclusão social de pessoas com deficiência, o Setembro Verde. As ações são para ressaltar a importância de oferecer acessibilidade a todas as pessoas que precisam.
A campanha do Setembro Verde surgiu para reforçar a importância do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Esse dia foi instituído em 1982 por movimentos sociais que lutavam pelos direitos de PcDs. Entretanto, só em 2005 que o dia 21 de setembro foi oficializado para marcar essa data, por meio da Lei nº 11.133/2005.
A Lei Brasileira de Inclusão garante os direitos da pessoa com deficiência. Mas o Brasil ainda tem muito a desenvolver no que diz respeito a acessibilidade e direitos básicos das PcDs. Sendo assim, essa campanha ajuda a dar maior visibilidade para o dia da luta das PcDs, de forma a levar informação a mais pessoas e aumentar o apoio a essa causa.
Por mais que já existam leis que ajudam a promover a inclusão de pessoas com deficiência e contribuem para que essas pessoas tenham seus direitos básicos garantidos, muitos ainda relatam dificuldades no acesso à saúde, educação, trabalho e até moradia. Visar a inclusão social e mais acessibilidade é uma forma de oferecer os mesmos direitos e oportunidades para todas as pessoas, independente delas terem ou não alguma deficiência.
A arquitetura e urbanismo tem muito a contribuir para tornar a acessibilidade uma realidade para àqueles que precisam. Espaços construídos sob o princípio da arquitetura inclusiva atendem as pessoas com diferentes necessidades. Ela prioriza a construção de espaços que de fato promovam a interação social, criação de espaços públicos e privados que são universalmente acessíveis. Projetar um ambiente de forma que possa ser acessado pelo maior número possível de pessoas, independentemente de idade, gênero ou características físicas e intelectuais.
É preciso pensar em cada “obstáculo” que um determinado espaço pode gerar, tendo em mente cada um dos grupos vulneráveis da sociedade. No entanto, seguindo alguns dos princípios da arquitetura inclusiva e do ambiente urbano, o objetivo pode ser alcançado.
Os espaços inclusivos devem ser projetados de forma que todos possam usá-los de forma segura, fácil e prazerosa. A ambientação de tais espaços também deve ser responsivo, acolhendo os comentários e contribuições de seus usuários. Os espaços inclusivos também são flexíveis – ou seja, adaptáveis às necessidades de diferentes pessoas.
A conveniência e a acomodação também são aspectos essenciais dos espaços inclusivos, pois garantem o acesso a todos – pessoas com deficiência, pessoas com mobilidade reduzida, pessoas de várias faixas etárias etc.
Por último, é preciso garantir que a arquitetura inclusiva projete espaços realistas e viáveis. Oferecer várias soluções para ajudar a equilibrar as necessidades de todos pode ser bastante complicado, mas não é impossível.
A importância de projetar e criar espaços urbanos inclusivos e acessíveis deve ser uma prioridade dentro do campo da arquitetura. Além disso, o impacto desses espaços em nossa sociedade pode ser incrivelmente positivo se alcançado. Esses espaços nos ajudam a reconhecer a grande diversidade de nossas comunidades e as torna todas igualmente importantes. Além disso, o design inclusivo reconhece a gama de capacidade e mobilidade, incluindo crianças indefesas e idosos e todos os demais.
Ser capaz de fornecer espaços universalmente acessíveis para nossas cidades remove barreiras, tanto físicas quanto sociais. Como resultado, a interação é aprimorada, de modo que todos se tornam capazes de participar das atividades cotidianas com igualdade, confiança e independência.
Construções com foco na inclusão garantem que a diversidade possa alcançar todos os espaços urbanos, públicos e privados, em vários setores diferentes.