ATHIS 2019 conclui última etapa e apresenta o Projeto de Regularização Fundiária
O Conjunto dos Garis está cada vez mais próximo de ter seu destino alterado. O Termo Cooperação técnica, celebrado entre o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Norte – CAU/RN e a Secretaria Municipal de Habitação Regularização Fundiária e Projetos Estruturantes (SEHARPE), autoriza e viabiliza o projeto de Assistência Técnica de Habitação de Interesse Social ( ATHIS), que está em processo de conclusão da terceira e última Etapa do Projeto de Regularização Fundiária do Conjunto dos Garis”. O responsável é o arquiteto e urbanista Francisco Júnior, selecionado para executar atividades de Cartografia Básica, Cadastro Físico e Projeto de Regularização Fundiária no Conjunto.
Sendo uma parceria inédita no serviço público, o ATHIS 2019 apresenta as entidades um documento com profunda análise das características dos 85 imóveis com identificação do uso e ocupação do solo, infraestrutura urbana como coleta de lixo, abastecimento de água, drenagem urbana, esgotamento sanitário, mobilidade urbana, entre outros aspectos e sem maiores conflitos ambientais relevantes.
De acordo com a análise do arquiteto, o Conjunto mostra a predominância da tipologia residencial unifamiliar, correspondendo a 78,57% das unidades, com construções em alvenaria, materiais de acabamento simples e pavimento térreo.
O diagnóstico destaca ainda a importância da participação da comunidade no processo de cadastramento e levantamento de informações, assim como constatada a urgência nas delimitações dos limites do conjunto dos Garis e comunidades do entorno e posterior inclusão desses assentamentos como Área Especial de interesse Social, sobretudo devido ao atual momento de revisão do Plano Diretos de Natal, o qual o Conselho de Arquitetura está envolvido nas discussões.
O Conjunto dos Garis encontra-se consolidado, com uma infraestrutura urbana compatível com o atual adensamento construtivo e populacional. Entretanto, observa-se problemas e conflitos, principalmente, relacionados a micro acessibilidade e a disponibilidade de espaços de uso público, dispondo apenas de uma pequena edificação onde localiza-se o centro comunitário, uma quadra poliesportiva e um vazio urbano onde a comunidade relata o desejo de construir uma praça, sendo um importante elemento na configuração do espaço.
Publicado em 2 de setembro de 2020