Arquitetura Solidária no combate à Covid-19
O mundo enfrenta um momento delicado com relação a pandemia do Coronavírus e, pensando em uma forma de poder ajudar ao próximo, uma equipe de professores e técnicos administrativos do Laboratório de Maquetes, do departamento de arquitetura da UFRN, e de professores do IFRN, Campus São Gonçalo do Amarante, coordenados pelo professores arquitetos e urbanistas Verner Monteiro e Hélio Takashi, resolveu produzir protetores faciais para uso de equipes médicas no combate à COVID-19, em suas residências, no final do mês de março e com a ajuda de impressoras 3D de pequeno porte. No total, já foram produzidas 3 mil unidades de protetores faciais.
Protetor fácil em acrílico produzido para profissionais da saúde
Com o distanciamento social, os professores passaram a analisar iniciativas já existentes e a que mais chamou atenção foi a de protetores faciais. Estudaram modelos da China, Europa e de outras localidades e adaptaram. O que era plástico, passou a ser de acrílico, cortado a laser, para elevar o número de equipamentos produzidos e montados diariamente. O arquiteto Verner Monteiro explica como foi no início e fala dos apoios que tem atualmente. “Ainda como projeto piloto, todos os custos para a produção eram subsidiados pelos voluntários. Com o aumento da demanda, ganhamos reforço dos Institutos federais que lecionamos, UFRN e do IFRN (Campus São Gonçalo do Amarante).
Protetor facial elaborado para bebês será entregue às maternidades
O laboratório de maquetes da UFRN abraçou a causa e o Campus de São Gonçalo também, representado pelo curso de edificações”, disse e acrescenta que anteriormente quando a produção era ainda “doméstica”, eram produzidos em média 60 equipamentos por semana e atualmente, com a mudança do método de fabricação e com as doações que chegam, o número semanal aumentou para 720. O próximo passo é partir para a produção de protetores faciais para que sejam doados às maternidades e serem usados por bebês recém nascidos, que já está em fase final de testes.
Hoje, os equipamentos são destinados para hospitais gerais, secretarias de saúde e unidades básicas de saúde. O professor Verner fala sobre as doações recebidas e da satisfação ao fazer parte de um trabalho como este.” Queríamos fazer algo para ajudar, já que tínhamos o conhecimento técnico para tal e deu super certo. Recebemos atualmente os incentivos federais, doações nacionais e até mesmo, internacionais”, enfatiza e acrescenta ainda, que todos os envolvidos no projeto são gratos aos arquitetos, pois muitos contribuíram para a sua realização. Um agradecimento especial ainda, ao Sinduscon-RN que doou recurso para uma produção de 850 protetores faciais, e à Ameropa Foundation, de origem suíça, pela doação de recurso para a produção de 1.500 unidades do mesmo produto.
Publicado em 24 de abril de 2020