Outubro Rosa: diagnosticada em 2018 com câncer , a arquiteta Renata Dantas venceu a doença e conta como foi
Formada em arquitetura e atualmente empresaria de uma franquia de moda, Renata Dantas, 40 anos, foi diagnosticada em 2018 com câncer de mama e conta como foi encarar esse diagnostico e passar pelo tratamento. No mês do Outubro Rosa, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Norte – CAU/RN alerta as mulheres sobre a incidência da doença e traz um entrevista com a profissional que enfrentou e venceu o câncer.
Como ocorreu se deu o diagnóstico?
Meu diagnóstico se deu por acaso e na hora certa. Tive muita sorte! Isso fez toda a diferença e me deu segurança para encarar a batalha, certa de que a venceria. Talvez por isso eu tenha mantido a serenidade desde o início.
Como vc encarou o diagnóstico do Câncer de Mama? O que foi mais difícil? Quais os medos?
Não é a coisa mais fácil do mundo, confesso, sobretudo a quimioterapia e a perda dos cabelos. É um processo que exige de nós, muito equilíbrio e muita sabedoria para passar bem por ele. E quando se tem três filhas pequenas ainda? O desafio é ainda maior e exige ainda mais de nós. No meu caso, eu tanto queria me curar por elas e para elas, quanto eu também me preocupava em não deixá-las absorver o peso do problema. E acho que consegui atingir este objetivo com louvor! Passaram por tudo leves e ilesas, apesar de saberem o que estava acontecendo, pois desde o início fiz questão que soubessem de tudo mas mostrando como se encara um desafio com força e serenidade. Foi o que passei para elas e foi como elas encararam também.
Como foi o tratamento?
O meu tratamento foi tranquilo, na medida do possível. Apesar da queda dos cabelos e todos os efeitos colaterais da quimioterapia, ter descoberto o nódulo em fase inicial, fez toda a diferença para o protocolo adotado. Tudo foi mais leve e em menor quantidade.
O que vc tem pra falar para as mulheres que enfrentam o mesmo problema?
Diante da minha experiência, o que posso deixar aqui registrado a todas as mulheres que lerem esta entrevista, é que não espere o câncer “avisar” que chegou. Procure-o antes, e que ele não chegue nunca. O diagnóstico precoce pode salvar muitas vidas.
Já para as mulheres que enfrentam o mesmo problema que eu enfrentei, gostaria de dizer que todas as adversidades que surgem em nossas vidas só podem ter dois propósitos: nos derrotar ou nos tornar mais fortes, se as enfrentarmos e vencermos. Então escolha enfrentar e vencer!
O que a doença mudou na sua vida?
O câncer nos coloca numa posição em que conseguimos enxergar a vida e as coisas sob uma perspectiva diferente da que enxergávamos até então. Nos faz refletir muito sobre muitas coisas. E do que extraí dessas reflexões e lições, quero deixar aqui só mais uma mensagem: Nunca perca a sua HUMILDADE. Em um mundo repleto de arrogância, não poderia deixar de dar esse recado. Não somos melhores nem piores que ninguém, apenas diferentes uns dos outros e todos somos importantes. E o câncer não escolhe idade, gênero, cor, classe social, conta bancária… Portanto, se corremos os mesmos riscos e teremos o mesmo fim, apenas se preocupe em ser a melhor pessoa que você puder, para que um dia você possa ser lembrado como exemplo, como inspiração… Esse é o maior bem que você pode deixar da sua vida para os outros. SEJA INSPIRAÇÃO!
Publicado em 9 de outubro de 2019